Carros elétricos: uma jornada silenciosa (e ecológica) rumo ao abismo?

Nobre, amável e precioso(a) leitor(a), se você está aqui desde as primeiras edições, já sabe o que é a “enshittification”

(ou, em bom português, algo como “m*rdização”) e como ela ataca todos os produtos, plataformas e empresas existentes no mundo.

Agora, se você é novo(a) por aqui, nosso querido robô de IA, Junior Neto, vai lhe explicar o que é Enshittification e como ela funciona.

Junin, por favor, explique-nos.

Acrescentando a explicação do Junin, aqui na News já falamos sobre a “m*rdização” de duas plataformas:

  • Google — que há tempos oferece resultados insatisfatórios de anúncios ruins ou clickbaits em seus mecanismos de busca.

  • Facebook — que ao perder campo para o Instagram e outras redes mais voltadas a fotos e vídeos se tornou uma rede inóspita, repleta de anúncios, notícias falsas e dramas políticos.

Hoje, por outro lado, falaremos sobre uma possível polêmica relacionada à “m*rdização” dos carros elétricos. Veja abaixo alguns tópicos que você verá a seguir:

  • Uma aposta: carros elétricos serão o maior case de “m*rdização” do futuro.

  • Você não pediu, mas eu dou: minha opinião.

Mas, calma aí!

Antes de mostrarmos todos os “porquês” e “comos” desta edição, aqui vai um recado:

Hoje você assistirá ao décimo quarto episódio do Innovation Hub Show, que contará com a participação de Stephanie Kohn, gerente de conteúdo da NZN.

No bate-papo de hoje, Eu, D’urso, Gigi Casimiro, Deborah Oliveira e nossa convidada especial falaremos sobre… Adivinha? Enshittification em produtos de tecnologia.

Então, se você quer ver o papo descontraído, inteligente e inovador sobre plataformas e produtos de tecnologia, fique ligado em nosso podcast.

Quer ficar por dentro do próximo episódio?

Clique nos botões abaixo e siga o Innovation Hub Show onde você preferir

Conto com a sua audiência no próximo episódio.

E por falar em Enshittification, me conta aí!

Qual é o produto mais “enshittificado / m*rdizado” que você conhece? Fiz uma enquete no LinkedIn para saber qual é a sua opinião.

Clique acima, vá até a enquete do meu LinkedIn e responda. 

Agora, voltando ao que interessa…

Uma aposta: carros elétricos serão o maior case de “enshittificação” do futuro.

É inegável que finalmente chegamos ao “boom” dos carros híbridos e elétricos.

Claro, eles já estão há alguns anos no mercado, mas, nunca foram tão presentes e “acessíveis” como são hoje.

Além do Boom, a proposta dos carros elétricos (sobretudo no Brasil) é tentadora:

  • Economia de combustível.

  • Conforto e tecnologia.

  • Isenção de IPVA (em alguns estados).

  • E por aí vai.

No entanto, os contras também existem e tornam os elétricos não tão atrativos para o nosso mercado:

  • Custo inicial elevado: a economia de combustível reflete um alto custo de aquisição nas concessionárias (além do bom e velho custo Brasil no preço final dos produtos, né?).

  • Infraestrutura de recarga: com exceção dos grandessíssimos centros urbanos, praticamente não existem postos de recarga para carros elétricos no Brasil — tornando a opção híbrida mais vantajosa nesse sentido.

  • Baixa autonomia para viagens longas: andar na cidade (principalmente em grandes cidades) é a melhor forma de aproveitar um carro elétrico. No entanto, se você costuma viajar muito de carro, ter um elétrico talvez não seja uma boa opção (ponto para os híbridos de novo).

Pois é! 

O tio Lineu tem um ponto aqui. Apesar do jeito enviesado dele, não podemos negar que os carros elétricos, mesmo no boom atual, não refletem a realidade do mercado brasileiro, ou, diria até: latino-americano.

Todavia, não podemos negar que essa tecnologia tem funcionado muito bem em lugares como Estados Unidos, Canadá, China e em boa parte da Europa — já que a infraestrutura rodoviária, além das questões geográficas, contribuem para o bom funcionamento dos carros.

Mas, apesar disso, ainda há um problema.

Uma opinião que você não pediu, mas que eu lhe darei:

Os carros elétricos já nasceram em estado de m*rdização no Brasil. 

Primeiro por conta do nível de consciência dos consumidores brasileiros em relação aos carros.

Segundo, pelos custos.

Se o combustível aqui é caro, a eletricidade também é. 

Logo, em muitas localidades, o preço extra na fatura de energia elétrica não supre o alto custo de aquisição do veículo elétrico, apesar das isenções de IPVA.

E agora, o maior dos problemas:

Qual será a vida útil e os custos de manutenção desses carros?

Sabemos que em países como EUA, carros são praticamente descartáveis e de fácil acesso ao poder de compra do americano médio — afinal, assim que um veículo se deteriora, o consumidor começa outro leasing e segue a vida.

Mas, por aqui é diferente.

  • Quanto custará para você consertar um motor elétrico de um carro híbrido (que possui praticamente dois motores) ou de um carro 100% elétrico?

  • Os conjuntos de baterias dos carros elétricos custam entre R$ 10.000 a R$ 200.000, a depender do modelo. No entanto, marcas como BYD dão cerca de 8 anos de garantia para a bateria de seus carros. Mas, apesar disso, podemos considerar que muitos desses carros serão sumariamente descartados nos próximos 15 ou 20 anos.

  • Em maioria, essas baterias são de íons e lítio, onde, em tese, perdem sua autonomia a cada ano que passa, piorando em muito a experiência de usuário — fora o grande impacto ambiental do descarte.

Na imagem acima, você vê um cemitério de veículos elétricos (os quais são imediatamente descartados diante do primeiro defeito mecânico ou elétrico grave).

Grandes empresas e indústrias automotivas já entendem a insustentabilidade dos carros 100% elétricos a longo prazo e, por isso, buscam alternativas melhores.

  • A Toyota já produziu (e tem testado amplamente) carros com motores movidos a hidrogênio.

  • Categorias de esportes automobilísticos tem voltado suas energias à hibridização avançada, isto é: motores híbridos movidos a combustão ecológica e baterias de estado sólido.

  • Empresas tem se esforçado para trazer uma nova geração de baterias, mais ecológica e de menor custo para aumentar a escala dos carros elétricos.

Por isso, de maneira impopular, cravo aqui um palpite:

O carro elétrico não é a tecnologia do futuro, mas sim uma fonte de aprendizado que moldará o futuro dos combustíveis ecológicos no mundo.

Posso estar errado? 

Sim, mas isso é uma coisa que só o futuro nos dirá.

Então, enquanto ele não nos diz, fique com as três dicas da semana:

Três dicas da IBM sobre como revolucionar seu marketing usando IA.

Clica abaixo e assista à entrevista agora mesmo.

Se a IBM lhe dá 3 dicas para revolucionar seu marketing com IA, eu, com toda humildade, dou uma única dica a você:

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Igor Lopes.

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