IAs e plágio: é assim que as IAs acabarão com nossa humanidade

Bom dia, boa tarde, boa noite!

Independente do local, dia, ou horário em que você estiver lendo, uma coisa não podemos negar:

Quase toda inovação tem seus prós e contras — e com IA não é diferente.

Bom, não concordo com a visão extremista do meu amado tio Lineu, mas também não podemos negar um fato:

As IAs chegaram para facilitar a nossa vida, mas isso poderá nos tornar mais preguiçosos, desatentos e, quem sabe, menos criativos ao longo dos anos.

Calma, você entenderá o raciocínio ao longo desta edição.

Na edição desta semana, você entenderá:

  • Os efeitos “patológicos” das IAs na humanidade.

  • Plágio vs IA: uma ameaça à criatividade humana?

  • Uma opinião que você não pediu: meu palpite sobre regulamentação de IAs.

Mas, antes que você descubra todos os “porquês” e “comos” desta edição, aqui vai um recado.

No episódio de hoje do Innovation Hub Show, falaremos sobre Mercado de Influência e Mídia Tech — onde discutiremos como a tecnologia tem impactado a mídia tradicional e até que ponto essa transformação impactará o futuro do mercado da informação.

Para nos acompanhar no bate-papo de hoje, convidamos ninguém mais, ninguém menos que:

  • Joy Macedo, influencer tech, apresentadora do Loop Infinito, ex-editora do Canaltech e Tecmundo.

  • Deborah Oliveira, diretora de conteúdo do IT Forum.

  • Tati Americano, jornalista, ex-editora de veículos e atual COO na Agência Ideal.

Sério, o episódio está muito descontraído e falará sobre tecnologia com os pés na realidade, do jeito que a gente gosta.

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Conto com a sua audiência no próximo episódio.
Voltando ao que interessa…

Os efeitos “patológicos” da IA na humanidade

Enquanto figuras como o nosso tio Lineu provém uma revolta dos robôs de IA como uma ameaça à humanidade, eu prefiro olhar para um outro ponto:

A capacidade que as IAs têm de nos tornar cada vez menos humanos.

Digo isso não no sentido literal da coisa, mas, em campos específicos que nos tornam humanos, como:

- A criatividade;

- A curiosidade;

- A originalidade.

Não é besteira afirmar que a tecnologia muda o nosso comportamento.

Por exemplo:

- Depois que inventaram a máquina de lavar, quase ninguém mais lava roupas na beira de riachos por aí.

- As repartições de arquivos nas empresas e prédios do governo têm ficado cada vez menores após a criação de tecnologias de armazenamento em nuvem.

- A evolução dos smartphones, pouco a pouco, estão tornando os computadores obsoletos para as novas gerações.

Diante disso, deixo aqui uma provocação:

Para que forçar a mente, se temos acesso a IAs que criam essas coisas por nós?

Se os jovens da geração 2005 / 2010 têm dificuldades em trabalhar em computadores — pois cresceram na era dos Smartphones. Imagine só os jovens que crescerão na geração das IAs.

Lembra aquele esforço em pesquisar e escrever um trabalho escolar utilizando livros da biblioteca?

Aquilo foi substituído pelo Google e Wikipedia nos anos 2000.

Hoje, no entanto, boa parte dos alunos mal leem ou escrevem, eles simplesmente copiam e colam suas tarefas para que o Chat GPT as faça por eles.

Agora, imagine você, nobre leitor(a):

Qual será o desenvolvimento lógico e criativo de uma geração acostumada com esse tipo de prática?

Claro, não dá para dizer que todos serão afetados por isso. Mas, claro, podemos considerar que uma boa parte sim.

É por essas e outras que alerto:

O maior risco não é as IAs se voltarem contra os seres humanos. O maior problema nessa história são justamente os humanos — que se tornarão cada vez menos humanos ao dependerem das IAs, justamente naquilo que nos torna mais humanos: o pensar.

E o problema vai além, como você poderá ver no próximo tópico.

Plágio Vs IA: uma ameaça à criatividade humana?

Nos últimos meses, algumas polêmicas sobre IA e plágio surgiram na mídia nacional e internacional.

Por exemplo:

Obs.: as manchetes expostas acima não refletem a minha opinião sobre quaisquer empresas ou instituições. Meu papel aqui é apenas mostrar as discussões que estão na mídia.

No meio acadêmico, a polêmica vai mais longe.

Sabemos que criatividade (no sentido de desenvolver pensamentos e argumentos) e curiosidade, são características humanas que movem a escrita acadêmica.

Mas, como fica quando um pesquisador utiliza seus prompts para desenvolver ideias com IA?

- Ele merece os méritos da criação por ter desenvolvido prompts que levou até a criação de um raciocínio?

- Ou, ele não merece os devidos créditos, já que quem desenvolveu a resposta final foi uma inteligência artificial?

Esse é o tipo de dilema que tem deixado muitos juízes, autores e advogados com a pulga atrás da orelha.

Uma opinião que você não pediu: meu palpite sobre regulamentação de IAs

Meus pais me ensinaram a nunca apostar, mas, se eu fosse apostar, eu diria o seguinte:

A regulamentação das IAs começará no campo dos direitos autorais.

Afinal, se as IAs aprendem com materiais já produzidos por diversos autores around the world, como saber a origem do conhecimento (mesmo que resumido) que ela está oferecendo?

Para responder esta pergunta, o contragolpe pode vir das próprias IAs.

Algumas ferramentas (inclusive de IA) para identificação de plágio ou “uso preguiçoso” de Chat GPT já estão sendo utilizadas por aí.

Dos que eu já ouvi falar, o Copyleaks é um verificador de plágio muito eficiente, movido por IA.

Para utilizá-lo, é só fazer o upload do material que você deseja verificar e aguardar.

Em instantes, o software dará um relatório mostrando se identificou plágio ou não.

Por outro lado, para identificar se um texto foi criado pelo Chat GPT, basta utilizar o GPT Zero, que funciona daquele jeito:

1. Você faz o upload do texto que deseja verificar.

2. Clica em “checar origem” e espere o resultado.

Por exemplo:

Sim, amigos, nossa news é 100% escrita por inteligência humana, exceto quando o Junior Neto, nosso robô de IA CLT, aparece para dar suas opiniões.

E por falar em opinião, você não pediu, mas, continuarei dando a minha: 

A questão do bom uso de IAs, cai naquela mesma velha premissa (que inclusive falamos na semana passada) do problema ser o “autor do crime” e não a ferramenta utilizada.

- Plágio com ajuda de IAs? A culpa é da inteligência artificial, ou do plageador.

- Trabalhos, artigos e peças criadas por IA, mas tendo a assinatura autoral de pessoas. Culpa das IAs ou culpa das pessoas?

- Jornais e empresas que utilizam IAs para copiar os concorrentes. Culpa da IA?

O criminoso, o mal-intencionado, o mau-caráter, sempre encontrará recursos para trapacear, independente da tecnologia disponível.

E você, o que acha de tudo isso?

Enquanto você pensa na sua resposta, fique com os achados da semana.

Achados da semana

Frase do dia Powered by Junior Neto, nosso robô de IA CLT

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Responda este e-mail com o seu elogio, sugestão ou crítica construtiva.

Nos vemos lemos na próxima semana.

Abraço,

Igor Lopes.

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