Inovação ou tradição? A verdade pode chocar você

Inovação ou tradição? A verdade pode chocar você

Apostar em inovação ou seguir as raízes da tradição?

Essa é a pergunta que muitas empresas tradicionais tem feito ultimamente..

Pense comigo, nobre leitor:

  • Hering;

  • Granado Pharmácias;

  • O Estadão.

Todas essas empresas existem até hoje, mas possuem mais de 130 anos.

A Granado Pharmácias, por exemplo, fundada em 1870, era a farmácia que atendia a Família Imperial Brasileira.

Dom Pedro II colava na Granado para comprar seus cosméticos.

Inclusive, em 1880 a empresa recebeu o selo de “Pharmácia Oficial da Família Imperial Brasileira” — e ela segue até hoje, com um grande espaço no mercado de higiene e beleza.

Muito legal, né?

Continuando…

Sabemos que essas empresas são tradicionalíssimas e modernas ao mesmo tempo.

Mas, como elas chegaram até aqui?

Nesta edição você descobrirá:

  • Tradição e inovação são caminhos antagônicos?

  • Qual é o pilar da inovação em uma empresa que precisa sobreviver à modernidade?

  • Uma opinião sincera, que você não pediu.

Só que… Antes que você descubra todos os “porquês” e “comos” desta edição, aqui vai um recado.

Hoje você assistirá ao terceiro episódio do Innovation Hub Show, que contará com a participação de Dennis Chamas — especialista de inovação em empresas e diretor de plataformas digitais na Coca-Cola.

Dennis atuou como especialista de inovação em empresas tradicionais como Unilever, Philip Morris e Nestlé.

Portanto, no episódio de hoje ele contará suas experiências por trás da inovação de empresas tão tradicionais no mercado.

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Conto com a sua audiência no próximo episódio.

Voltando ao que interessa…

Tradição e Inovação são caminhos antagônicos?

Para quem enxerga tudo em uma visão estreita e limitada ao 8 ou 80, sim.

Agora, quem tem uma visão mais ampla, sabe que tradição e inovação são elementos que se complementam.

Pensa bem aí, quantas empresas com mais de 50 anos você conhece que abandonou suas raízes para revolucionar?

  • Coca-cola?

  • McDonalds?

  • Apple?

Perceba que, apesar de inovadoras, essas empresas jamais largaram suas raízes.

Mesmas cores, mesmo logo, mesmo core-business, mesmo público-alvo — e diferentes abordagens ao longo do tempo.

Entenda como inovação, a ação de se adaptar para continuar no topo, apesar das mudanças de mercado, tecnologia e cultura.

A Apple, mesmo sendo uma empresa de inovação, continua seguindo o script, conforme suas raízes.

Se a inovação é o caminho até o topo, a tradição é a escada que conduz até lá.

Nenhuma empresa precisa revolucionar para ser inovadora.

Sério. Tenho receio quando leio ou ouço a palavra “revolução”.

Afinal, historicamente, sabemos que pouquíssimas revoluções deram certo na humanidade (e as que deram, nos cobrou um alto custo).

Tradição e Inovação são caminhos antagônicos?

Para quem não sabe, sou aficionado por Fórmula 1 e tudo que envolve a tecnologia de desenvolvimento e performance da categoria.

A cada cinco anos, em média, o regulamento da categoria muda, seja para estimular a competitividade ou modernizar a categoria.

Em 2022 ocorreu a última mudança de regulamento da Fórmula 1, o que nos trouxe um caso interessante a respeito de inovação e tradição. Acompanhe o raciocínio:

O novo regulamento da F1 obrigou as equipes adotarem o efeito solo como principal conceito aerodinâmico dos carros.

Tente adivinhar quais equipes se deram bem e qual se deu mal…

Se você gosta de Fórmula 1, você já sabe qual equipe se deu bem. Se você não acompanha, tente adivinha.

Bom, a Red Bull foi a campeã, enquanto a Mercedes continua sofrendo até hoje por errarem feio no conceito base que seguiram no atual regulamento.

Já a Ferrari, criou um bom carro — o único que conseguiu bater a Red Bull Racing em algumas ocasiões.

Adrian Newey, projetista e chefe técnico da Red Bull, afirmou que previu os problemas e desafios do efeito solo nos carros antes mesmo deles virem à tona, já que ele teve experiência com o conceito nos anos 80.

Enfim, o meu ponto nesta analogia é o seguinte: Newey não revolucionou, ele usou as inovações que tinha em mãos em 2021 / 2022, somadas à experiência que ele teve há 40 anos.

Inovação e tradição.

Claro, milhares de outros fatores por trás do desenvolvimento da F1, que não vem ao caso compartilhar aqui.

Você não pediu, mas eu dou: minha opinião

Trazendo o tema para a realidade das empresas, podemos dizer que inovação e tradição precisam se equilibrar na balança junto de outros elementos como:

Produto de qualidade;

Equipes talentosas.

Se a empresa é tradicional e o produto proporciona uma baita experiência de consumo ao público (dentro daquilo que se limita o universo do produto), inovar acaba sendo mais uma questão de mitigar custos, economizar tempo e atingir novos públicos.

No entanto, a tradição é o que conduz a inovação.

Olhemos para a Philip Morris, uma empresa tradicionalíssima na venda de cigarros.

Como uma empresa de cigarros poderia inovar em um produto demonizado no mundo todo?

O problema eles já sabiam: as pessoas fumam para aliviar o estresse e ansiedade.

Logo, após inúmeras pesquisas, a P. Morris concluiu que o maior malefício do cigarro estava na combustão da matéria orgânica (onde, um cigarro queima a mais ou menos 600º)

A solução?

Produtos que geram o contato da nicotina do tabaco sem a nocividade da combustão do cigarro tradicional.

Vapes e o IQOS: um aparelho eletrônico que aquece um bastão de tabaco (batizado de Heets).

Atualmente, mais de 15% do faturamento global da Philip Morris se deve a produtos

Consegue perceber? Eles não fizeram uma revolução, mas inovaram seguindo a tradição.

Por sua vez, nosso convidado, Dennis Chamas, está na missão de contribuir para a inovação da Coca-Cola na América Latina.

Inovar em uma empresa tradicionalíssima e campeã de vendas parece ser um grande desafio.

Como o Dennis planeja contribuir nisso?

Não sei.

Mas descobriremos no episódio de hoje do Innovation Hub Show.

E enquanto o horário (20h) do episódio não chega, fique com os achados da semana.

Achados da semana

Frase do dia Powered by Junior Neto, nosso robô de IA CLT

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Nos vemos lemos na próxima semana.

Abraço,

Igor Lopes.

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