NEWSLETTER #09 | INNOVATION HUB

Há quem confie e quem desconfie das mentes que detêm o oligopólio da tecnologia mundial.

Claro, sou do time que desconfia. E isso me leva a algumas perguntas sobre quem realmente são os “donos” da tecnologia.

  • Altruístas que pensam em um mundo melhor?

  • Mega capitalistas psicopatas?

  • Megalomaníacos com espírito revolucionário?

Essas e outras perguntas serão respondidas logo abaixo.

Mas, antes de trazer respostas, trago fofocas:

Adivinha quem está em Austin, no SXSW?

Sim, eu mesmo.

Este ano a conferência está repleta de inovações criativas, esquisitices e experiências únicas de imersão tecnológica.


Definitivamente, aqui é o lugar onde o futuro se torna presente.

Já somos mais de 500 usuários fãs de tecnologia e inovação, reunidos na plataforma. 

E tem novidade: criamos um novo grupo, aberto para todos os membros interagirem e fazerem network entre si.

Clique no botão abaixo para colar com a gente.

Chega de fofocas, vamos às respostas.

As perguntas que levantei na abertura desta edição surgiram após eu perceber uma atmosfera meio “pesada” e (por que não?) polarizada acerca do boom tecnológico que vivemos.

Temos aqui dois times:

  • De um lado, o pessoal que não vê lá muita maldade na revolução das IAs. 

  • Do outro, aqueles que enxergam a obscuridade nos bastidores da tecnologia.

Viu só? 

É mais ou menos por aí que os debates acontecem.

No centro dessas opiniões, Amy Webb nos trouxe alguns questionamentos mostrando pontos positivos e negativos sobre as IAs, aqui no SXSW:

Eu tietando a Amy no SXSW . A Amy também participará do primeiro episódio do nosso podcast Innovation Hub Show, no dia 21 de março.

Olhando para o lado positivo, ela trouxe ideias que podem ser aplicadas por qualquer um de nós (empreendedores, estudantes, prestadores de serviços), ainda no curto prazo:

01 - Uso de IA na apresentação e criação de projetos físicos — em especial ela usou a indústria da moda como exemplo, mostrando que a IA já é utilizada para simular o tamanho e caimento real das roupas em diferentes formatos físicos.

02 - Educação — Amy nos mostrou a possibilidade de utilizar a IA para identificar padrões de aprendizado nas escolas, fazendo com que a abordagem pedagógica seja mais personalizada e segmentada para cada tipo de pessoa.

(Por falar em educação, você chegou a ver a Globe, uma ferramenta de AI capaz de vasculhar e encontrar e traçar um plano de estudo sobre qualquer assunto que você queira aprender na internet? Vale a pena conferir!)

Já no lado negativo da coisa, Amy levantou um ponto que originou esta edição:

Os “donos” da tecnologia são figuras endeusadas, purificadas e idolatradas por muitos; mas que detêm uma alta concentração de poder sem responsabilidade.

Isto é, em muitos casos a tecnologia é uma faca de dois gumes, que pode ser utilizada para o bem ou para o mal.

Quando se trata de IA, temos diversas possibilidades de mau uso:

Fraudes — já imaginou os golpistas de WhatsApp utilizando a voz da sua avó, em um número clonado, para lhe pedir dinheiro “emprestado”?.

Hacking — criação de sites, e-mails e contatos falsos por meio de IA.

Deepfake — imagens, vídeos e áudios forjados por IA.

Segundo Amy, os “donos” da tecnologia não fazem muita questão de mitigar esses riscos — e tampouco são cobrados por isso.

A partir disso, vem aquela velha e boa sugestão: regulamentar tecnologias para evitar o mau uso dos usuários.

E é aqui que lhe dou uma coisa que você não pediu…

A minha opinião

Regulamentar tecnologias… 

Seria isso um mundo ideal, ou uma solução preguiçosa? 

Partindo do pressuposto onde os “donos” da tecnologia concentram muito poder sem responsabilidade, regulamentar até que faz um pouco de sentido.

No entanto, como seria esse tipo de regulamentação?

É impossível responder isso sem que haja um estudo detalhado, imparcial e com os pés firmados na realidade.

A única coisa que sabemos é que, hoje, nossas autoridades políticas seriam responsáveis por possíveis regulamentações.

E aqui temos o primeiro alerta: 

Ninguém (nem mesmo os donos da tecnologia) concentram tanto poder sem responsabilidade quanto a classe política brasileira.

Você consegue enxergar gente competente para debater a regulamentação das IAs na esfera política brasileira hoje? Pois é…

Acredite, mundo afora a coisa não é tão diferente.

Como regulamentar pessoas que neste exato momento estão inventando coisas que ninguém (além deles) conhece?

Como fazer isso sem que o consumidor final saia perdendo mais ainda?

Como adotar medidas que não prejudiquem o desenvolvimento de tecnologias no próprio país?

Sempre que penso nisso, sinto que a regulamentação de tecnologias, no cenário atual, é algo ainda muito precoce, em que só o tempo nos mostrará o caminho certo a ser seguido.

E enquanto o tempo não nos mostra, fique com os achados da semana.

Achados da semana

Frase do dia Powered by Junior Neto, o Robô de IA.

Antes de nos despedirmos, que tal você dar a sua opinião sobre a Newsletter desta semana? 

Responda este e-mail com o seu elogio, sugestão ou crítica construtiva.

Nos vemos lemos na próxima semana.

Abraço,

Igor Lopes.

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