No embate entre Elon e Xandão, quem levará a pior?

Não tenha dúvidas: no embate entre Elon Musk e Alexandre de Moraes, quem levará a pior será…

Você.

Que comecem os jogos.

Sim. Estou p# com essa treta.

A News da semana tinha outro tema, mas como quase ninguém está mostrando o que há além da cortina de fumaça no embate entre Elon Musk e Alexandre de Moraes, me vi na obrigação de mudar o nosso tema para este desagradável ocorrido.

De um lado, um capitalista emblemático, polemista e que nunca deu (nem dará) ponto sem nó.

Do outro, o Xandão, do qual não podemos reclamar — se é que me entende.

Na edição desta semana, você entenderá:

  • O nascimento da treta.

  • Quem está certo no embate.

  • Qual efeito colateral essa treta pode causar nas big techs e nas empresas tradicionais de mídia.

Só que… Antes que você descubra todos os “porquês” e “comos” desta edição, aqui vai um recado.

No episódio de hoje do Innovation Hub Show, falaremos sobre transumanismo - ou a junção entre homem e máquina.

  • Chip da besta?

  • Humanos androides?

  • Busca pela imortalidade?

Não, sem devaneios ou conspirações, nosso convidado, Bruno Pina, especialista em saúde e tecnologia (antigo CDO da AstraZeneca e consultor da McKinsey, IBM e Capgemini) trará tendências quentíssimas sobre biohacking e tecnologias aplicadas à saúde.

No episódio, você com certeza vai se impressionar com as inovações que surgem a partir da junção entre homem e máquina.

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Conto com a sua audiência no próximo episódio.
Voltando ao que interessa…

O nascimento da treta

A treta começou com um dossiê (se é que podemos chamar assim) nomeado como “twitter files Brazil”, que nada mais é do que uma série de arquivos de e-mails de funcionários do Twitter falando a respeito das decisões enviadas pelo STF, por meio do nosso querido Xandão.

O dossiê, exposto na última quarta-feira pelo jornalista Michael Shellenberger, mostra alguns pedidos (considerados abusivos pelo jornalista) do STF, por meio do Xandão:

1) exigir que o antigo Twitter revelasse assinatura e endereço de IP de usuários que subiram a hashtag #VotoDemocraticoAuditavel, em 2021.

2) Exigência de acesso aos dados internos de usuários da plataforma — violando as políticas internas do X.

3) Pedidos de exclusão de postagens de parlamentares brasileiros;

4) Interferir, por meio de pedidos judiciais, nas políticas de moderação de conteúdo da rede social, para atingir apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Veja, não estou insinuando nada, mas sim expondo os argumentos apontados por Michael Shellenberger.

O agravante das acusações

Segundo Elon Musk, os pedidos feitos por Xandão tinham um parêntese:

(Não mencionar que os bloqueios de perfis e exclusões de conteúdos estavam sendo feitos a mando judicial).

O problema

Até o momento em que escrevemos esta edição, Elon Musk não comprovou suas alegações a respeito dos pedidos de Alexandre de Moraes.

Então…

Quem está certo no embate?

Peço desculpas, o Tio é chegado em fakenews — e quase todos os influencers que ele curte foram banidos da internet brasileira.

Mas, aqui oh! Discordando do tio Lineu e sendo direto e reto:

Ninguém está certo nessa história.

Sabe por quê?

Porque, ainda que você queira muito eleger um mocinho e um vilão nessa história, você sabe que não tem como “colocar a mão no fogo” por nenhum deles.

Conhecendo o passado do Elon Musk, sabemos que ele não é bobo e, acima de tudo, que ele é especialista em promover suas empresas (e seu próprio nome) por meio de polêmicas.

Peço desculpas, o Tio é chegado em fakenews — e quase todos os influencers que ele curte foram banidos da internet brasileira.

Mas, aqui oh! Discordando do tio Lineu e sendo direto e reto:

Ninguém está certo nessa história.

Sabe por quê?

Porque, ainda que você queira muito eleger um mocinho e um vilão nessa história, você sabe que não tem como “colocar a mão no fogo” por nenhum deles.

Conhecendo o passado do Elon Musk, sabemos que ele não é bobo e, acima de tudo, que ele é especialista em promover suas empresas (e seu próprio nome) por meio de polêmicas.

  • Ele já fumou maconha ao vivo e se tornou notícia no mundo todo;

  • Quebrou o vidro (amplamente divulgado como indestrutível) do Cybertruck e virou notícia no mundo todo;

  • Demitiu mais de 10% dos funcionários do Twitter, reativou o perfil de Donald Trump e se tornou notícia no mundo todo.

Então, já que ele é bilionário, se sente injustiçado e tem provas a favor (como ele disse), por que não busca os meios legais de se defender e contestar as decisões judiciais?

Fica o questionamento…

Por outro lado, não dá para discordar quando dizem que liberdade de expressão não é uma coisa unânime no Brasil.

Em 2022, segundo o relatório de liberdade de expressão Artigo 19, o Brasil foi considerado o 88º país em liberdade de expressão no mundo.

Na América Latina os únicos países mais restritos que o Brasil (quando o assunto é liberdade de expressão) são: Cuba, Nicarágua, Venezuela, Bolívia, Colômbia e El Salvador.

E é aí que tá o negócio:

Quando conteúdos são retirados do ar, perfis são cancelados e dados de pessoas são vazados ao governo em prol da “democracia”, é porque já não vivemos a plenitude dessa tal democracia.

Talvez você concorde ou não, mas…

Sou do time que preza a plena liberdade de expressão; afinal, cabe a cada indivíduo filtrar (e pesquisar) aquilo que considera verdade ou fake.

Portanto, você não pediu, mas eu dou: a minha opinião.

  • Elon Musk não é um herói da liberdade de expressão — ele tem interesse em audiência e dinheiro.

  • Alexandre de Moraes não é um herói da democracia — ele tem interesse em poder e prestígio.

Mas, enfim…

Por mais que esse tema seja chatíssimo, baixo e obscuro, ele pode interferir na sua vida.

Qual efeito colateral essa treta pode causar nas big techs e nas empresas tradicionais de mídia?

Esse rolo todo serviu para reviver as discussões sobre a PL 2630, chamada por alguns de PL das Fake News e por outros de PL da Censura — que pode gerar grandes mudanças no mercado de mídia no Brasil e piorar a experiência de usuários e anúncios em redes sociais.

Um dos pontos mais polêmicos, além da falta de clareza sobre as regulamentações de notícias e posts, é a remuneração de conteúdos jornalísticos — onde Meta, Google, entre outras, teriam de remunerar conteúdos jornalísticos utilizados pelas plataformas.

  • Logo, como a oferta de acesso e serviços gratuitos seriam oferecidos a usuários das big techs?

  • Como ficaria a experiência de criação e impulsionamento de conteúdos nas redes sociais?

A aprovação dessa PL seria um grande trunfo para as emissoras e empresas tradicionais de mídia, que lucrariam alto diante da remuneração de conteúdos jornalísticos em redes sociais.

Por outro lado (mudando de assunto) há boatos de que o “X” pode ser tirado do ar a qualquer momento do Brasil, caso alguns pedidos judiciais sejam desrespeitados.

E olhando para negócios, sobretudo no marketing digital, toda essa história traz aquele sentimento de que rede social é como um terreno alugado.

  • Será que vale a pena criar 12 meses de estratégia em mídias digitais, sabendo que algumas regulamentações podem virar tudo de cabeça para baixo?

  • Até que ponto teremos liberdade (volume de tráfego orgânico) para criar conteúdos em redes sociais no futuro?

  • Será que as velhas práticas de inbound, explorando E-mail marketing voltarão ao auge?

Perceba o efeito dominó que uma canetada mal dada, ou uma regulamentação mal planejada pode causar no mercado.

Essas e outras perguntas, somente o tempo nos responderá.

Mas, enquanto ele não nos responde, fique com os achados da semana.

Achados da semana

Frase do dia Powered by Junior Neto, nosso robô de IA CLT

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Nos vemos lemos na próxima semana.

Abraço,

Igor Lopes.

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